Márcia Ylana
Professora e Diretora do Ballet Livre Adulto BLA
@marciaylana

Desde o início a primeira vez que vi a ponteira ela me impactou! No primeiro segundo me perguntei se realmente seria algo que de uma única vez me entregaria tantos resultados juntos. E porque nunca ninguém tinha pensado nisso antes?! E essa pergunta me veio porque, eu como bailarina profissional com todos os meus pré-conceitos já formatados dentro da minha carreira, deveria abrir espaço para olhar para algo que: Será que seria tão diferente mesmo?! 

Afinal ponteiras são ponteiras, elas mudam a cor, o formato, o tipo de silicone, mas no final, o principal foco sempre foi ser um acessório, que de alguma forma era igual: tecido ou silicone. Sempre tinha relação com incômodo e não com sustentação, uma vez que em meu entendimento também se relacionava com proteção.

Quando eu comecei a ouvir mais e mais sobre a ponteira, um alerta enorme me veio, sobre o quanto a tecnologia está no mundo de todas as formas e o quanto a dança é carente em termos de colocar isso em prática.

Quando comecei a provar e a fazer os testes foi incrível. Me lembro da sensação exata de provar a primeira vez! No mesmo segundo em que sentia a ponteira fazer seu processo de cura, eu comecei a perceber que ela realmente seria um instrumento de trabalho, que daquele segundo em diante iria abrir espaço para uma geração inteira de bailarinas que dali para frente iria conseguir subir na ponta com resultados que alinham a técnica, a saúde e o conforto. Conforto no sentido contrário da dor, no sentido de abrir espaço para parar de lutar e construir o crescimento técnico através da raça que uma bailarina tem que ter, driblando dor e outras coisas mais e finalmente simplesmente podendo se conectar com o que é essencial: o movimento e o ganho técnico através dele! 

Lembro que mesmo provando a ponteira e sentindo tudo isso, eu ainda tinha uma dúvida, como poderia existir algo além daquilo? Como outros 3 modelos podiam ser tão diferentes? Ou seja, ainda tinha coisa melhor? Como assim?? Isso na minha cabeça era impossível! 

E hoje, após vários testes, após meses de perceber minhas lesões e articulações e a maneira com que meu corpo se comportou com o uso das ponteiras, posso afirmar como professora, educadora do movimento e bailarina que as ponteiras são um divisor de águas na minha carreira e na maneira com que eu vejo a dança! Isso será geracional na maneira como iremos pensar as sapatilhas de pontas daqui para frente!! Eu vi no meu corpo, em sala de aula, a ponteira me ajudar a reabilitar meu corpo e meus tornozelos em um processo de lesões muito difícil.

Como professora posso ver minhas alunas dançando com segurança, conforto, sem dores, conseguindo ganhar habilidades técnicas e motoras inimagináveis! Consigo ver na prática como esses materiais conseguem dar o suporte necessário às minhas alunas, sendo realmente um instrumento que trabalha em conjunto com seus corpos! 

A FlexPointe me fez acreditar como artista, bailarina e educadora do movimento que somos capazes de prolongar nossa vida dançante sem abrir mão da saúde! Me fez perceber como o ballet clássico pode existir sem o peso da dor nos meus dias e nos das minhas alunas!